Se instalou no peito e fez das lembranças morada eterna.
Eu queria escrever sobre o dia lindo que faz lá fora.
Mas desaprendi sobre os demais assuntos, para aprender você.
O tempo é traiçoeiro e tenta apagar aos poucos tudo o que eu sabia.
Mas nem tudo é levado ao vento do esquecimento.
Parece que foi ontem que caminhamos por ruas desconhecidas.
Com as garrafas de cerveja nas mãos.
A lua havia deixado o céu para dar lugar as estrelas.
E você divagava sobre questões existenciais.
Estávamos presas dentro do nosso filme, repleto de cenas clichês.
Você corria com meu celular nas mãos
E dizia o quanto eu era lerda por não te alcançar
Rimos de assuntos só nossos e você colocou aquela música para tocar.
Deitamos na calçada sem nos importarmos com os olhares alheios.
Você disse que não esperava que Deus colocasse o mundo nos eixos
E na falta de palavras, coloquei minha mão em seu braço e disse "não é bem assim"
(Re)Lembrar me sufoca
Aperta de jeito o coração
Nós aprendemos a viver com a falta
Mas nada é pior do que não [te] sentir.
And the waves that hit his face marked the past
And the farrows on his skin, oh how time goes fast
And we are far from home but we're so happy.
Far from home, all alone but we're so happy.
And the farrows on his skin, oh how time goes fast
And we are far from home but we're so happy.
Far from home, all alone but we're so happy.
Daniela Silva
8 comentários:
Que bela poesia você escreveu Dani, e a música tão doce realça o brilho das suas palavras.
Uma grande paixão se constrói assim, nos ínfimos detalhes, na simplicidade de cada gesto e cada conversa. E as lembranças, embora causem uma saudade imensa, são guardadas, com esmero, nos lugares mais belos do coração.
Parabéns!!
A saudade, essa dor que não tem cura.
Bela poesia.
Beijinhos
Quase sempre aprendemos a viver com a falta. E isso é, pra nós, sensíveis às coisas do mundo e cheia dos sentimentos, triste... A única coisa bonita que salva a presença constante das ausências e das saudades são os versos que não suportam a prisão interior e lançados pra fora,enfeitam os olhos de quem lê.
Beijoo'os
Tudo se resume em tempo. E o tempo cura, ameniza, faz da saudade lembrança boa... só precisar ter um pouquinho de paciência.
Identidade Aleatória
Lindo texto, Dani. Tudo que foi dito, que foi lindo, tão presente, tão impregnado de eternidade, como diria, Bandeira, agora tão ausente, tão dolorido como uma chaga viva, latejante, como um fogo se consumindo na própria chama, doí. A saudade tem o sal na palavra. E a musica combinou direitinho.
O tipo de texto que a gente não espera pelo final.
Voltamos ao começo como se fosse uma continuação.
Funcionou pra mim.
Bela obra, Dani!
A saudade realmente aperta...chega a ser insuportável as vezes!
Grande abraço, sucesso e ótima semana!
Que lindo Dani!
A saudade às vezes sufoca, queima feito fogo, faz chorar e causa esse aperto enorme no peito. Mas convenhamos que essa tal saudade vezemquando é boa de ser sentida e apreciada.
É boa também pra inspirar textos belos como esse seu.
Beijo
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