sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Não perca de vista a essência


Quando mais jovem, nunca me passou despercebido um vaga-lume.
Muito menos uma borboleta.
Vaga-lumes e borboletas.
Os anos chegaram, passaram e fui obrigado a crescer e amadurecer.
Eu cresci.
Os vaga-lumes e borboletas continuaram a existir, mas deixei de notá-los.
Vaga-lumes e borboletas.
Depositado em um mundo onde o verbo ser se conjuga apenas de uma forma.
Aquela que não se aprende na escola.
Aquela que a vida ensina.
Eu sou.
Eu és.
Eu é.
Eu somos.
Eu sois.
Eu são.
Aceitei viver assim por um longo tempo.
Notei que havia me perdido.
Chorei.
Caminhei.
E entre passos fora da linha reta fui surpreendido.
Passou aos meus olhos uma delicada borboleta azul.
Quanta essência uma borboleta pode ser capaz de carregar.
Logo me lembrei.
Vaga-lumes e borboletas.
Agora do verbo ser apenas conjugo nós somos.
Percebi que viver acompanhado deixa tudo mais brando.
E que vaga-lumes e borboletas deixam a vida ainda mais bela.

Ps: A inspiração surgiu após ler o Diário de um abandonado - De Juan Bonilla.
Daniela Silva

14 comentários:

Luana Natália disse...

Que coisa fofa! Fiquei encantada, sério.
Abraços :')

Larissa Bello disse...

Que bom que se perdeu e que bom que se reencontrou. E a vida assim continuará fazendo, mas o importante é realmente nunca perdermos a nossa essência.

Bjos e muitos vaga-lumes e borboletas pelo seu caminho!

Tatiana disse...

Que bonito, Dani. Muito sensível o relato deste desabrochar.
Os olhos felizes são "olhos de ver". E vêem tudo mais colorido!
beijo pra ti

Anônimo disse...

Que bonito, é acontece as vezes de se perder e se reencontrar.

Jéssica Teles disse...

E a gente segue esse ciclo louco, dessa vida louca, rs (:

Gostei daqui!

Beijo, beijo!

http://goiabasays.blogspot.com

Scarlat Assunção disse...

Poxa, que lindo!
O tempo vai passando e a gente vai despercebendo os detalhes, e como é bom se reencontrar *-*

arquiteturatv disse...

muito fofo seus textos *-*
Seguindo ;3
http://taah-minhavidameujeito.blogspot.com.br/

Amanda Souza disse...

Lindo e muito bem escrito. Pois é flor, a gente não nasceu pra ser sozinho, a gente nasceu pra dividir os sentimentos... e ai eles se tornam tão mais indestrutíveis! Tão mais puros.
Beijinhos

hiperbolismos.blogspot.com

Marta disse...

Que texto lindo! Parabéns!

beijos.
Marta

Déborah-alana disse...

Lindo texto, adorei, com certeza foi uma boa inspiração que teve, beijinhos

Carolina. disse...

a maneira que você escreve é encantadora! hoje conscientemente ou não, estava voltando para casa conjugando o verbo eu sou, quando olhei num jardim bem bonito que tem numa casa perto da minha e tinha uma borboleta sobrevoando ali. é incrível como muda o dia (para melhor) ver uma.

seu blog é lindo!

Henrique Miné disse...

engraçado, dia desses passei maravilhosas horas em um bosque a noite, rodeado por vaga-lumes, depois, minha companhia me confessou que sempre teve medo, porém, naqueles momentos, eles eram lindos.


beeijo.

Patrícia N. disse...

Lindo texto, sutil e singelo. Um desabrochar da alma.

http://complicatedimperfect.blogspot.com.br/

Érica Ferro disse...

Que coisa bonita! Pura, leve, encantadora!

Sacudindo Palavras